Meus Rumos

Kelma Brito

Velório público de Jackson será em Neverland

Fonte: G1
O corpo de Michael Jackson será levado até lá e o público vai poder se despedir do ídolo, na sexta-feira 03/07/2009.
A despedida de Michael Jackson será longe dos palcos, longe da agitação das cidades, em um lugar silencioso que ele próprio decidiu chamar de Terra do Nunca. O corpo vai sair de um endereço não revelado em Los Angeles, na quinta-feira (2) de manhã.
Trinta batedores da polícia devem acompanhá-lo por duas horas, ao longo dos 200 quilômetros que separam a maior cidade da Califórnia da região rural de Santa Bárbara - onde fica a pequena Los Olivos. Se as previsões se confirmarem, na sexta-feira de manhã a Terra do Nunca vai ser aberta pela primeira vez ao público desde a construção, em 1988. Prevendo uma multidão em Neverland, o sócio de Michael Jackson escreveu uma carta aos vizinhos.
Na carta, Thomas Barrack avisa que os próximos dias serão tumultuados. Mas lembra que os olhos do mundo agora vão estar voltados para Neverland. E pede paciência. Como tudo o que acontece na região desde a morte de Michael, na quinta-feira passada, as notícias sobre o velório chegam na forma de rumores, e demoram a ser confirmadas pela família. O velório - segundo diversas fontes da imprensa americana - vai ser dividido em duas partes. O primeiro, na sexta-feira (3), seria um grande evento popular em que os fãs formariam uma fila para ter o direito de ficar alguns segundos ao lado do caixão. Como sábado (4) é o Dia da Independência Americana, o segundo velório do rei do pop seria só no domingo (5): uma cerimônia fechada, apenas para a família. Sobre o enterro, por enquanto, não há nem rumores. Não se sabe se Michael vai ser cremado ou enterrado. Nem quando, nem onde. Parece ser apenas mais suspense no último capítulo de uma biografia incomum.

Fonte: G1

'Rei do pop', de 50 anos, teve parada cardíaca quinta 25/06/2009 na Califórnia. Necrópsia não detectou 'traumas externos'.
Consagração de Michael Jackson aconteceu nos anos 80 Thriller' alçou cantor ao posto de rei do pop.'Dangerous' foi o último álbum de grande sucesso. Michael Jackson era a combinação perfeita de talento e treinamento. Com “Thriller”, deixou de ser menino prodígio e virou rei do pop. Até hoje, o álbum lançado em 1982 é o mais vendido da história e sete das nove canções do disco chegaram ao topo das paradas americanas.
O astro estabaleceu um novo parâmetro para os videoclipes, que passaram a ser vistos como pequenos filmes. O cantor apresentou ao mundo aquela que seria sua assinatura no palco – o passo “moonwalk”, no qual deslizava ser pés no chão como se caminhasse na lua. Quando se tornou o artista mais famoso do mundo, liderou o movimento “We are the world”, para combater a fome na África. Em 1987, após cinco anos sem lançar um disco de inéditas, surgiu com “Bad”. O álbum vendeu muito menos que “Thriller”, mas mantinha intactas algumas das características que levaram Michael ao estrelato: coreografias perfeitas e o uso da voz como instrumento. Foi com o oitavo disco da carreira, “Dangerous” (1991), que o rei do pop experimentou o sucesso pela última vez. Na canção “Black or White”, Michael dizia não se importar se suas namoradas eram negras ou brancas. A essa altura, Michael já não era apenas o rei do pop. Era uma lenda viva.

O que é Marketing Pessoal...

Autor: Sergio Luiz de Jesus

O modelo de sociedade em que vivemos dita padrões de competitividade extremamente elevados em praticamente todas as áreas. Tanto em aspectos visuais, de comunicação e de conhecimento, quanto em outros aparentemente secundários, pequenas diferenças podem determinar o sucesso ou o fracasso.
Talvez seja um modelo injusto, mas a realidade é que este é o modelo em que transitamos.
O reconhecimento de competências e habilidades é fundamental para diferenciar e situar um indivíduo no contexto social em que vive e determina, em grande parte, a maneira como ele estará posicionado para o sucesso profissional e pessoal.
É fato que nem todos possuem as mesmas competências e habilidades. Porém, muitos as possuem e, por uma série de fatores, elas não são facilmente reconhecíveis. E habilidades encobertas geram uma grande desvantagem, especialmente quando a competição é acirrada. Todos já se perguntaram: porque fulano de tal, sendo menos preparado, menos hábil, menos esforçado e experiente, galgou sucesso pessoal ou profissional maior do que o nosso?
Talvez uma das respostas seja a prática do Marketing Pessoal.
Marketing Pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e profissional, bem como para dar visibilidade a características, habilidades e competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por parte de outros.
Foi-se o tempo em que marketing pessoal era um instrumento político, falso, visando apenas uma conquista específica. Hoje, para avançar em meio à verdadeira selva social em que se transformou o capitalismo, ele vem se tornando uma ferramenta cada vez mais necessária para todos, do mais simples ao mais sofisticado.
Os elementos fundamentais, quando se atesta que o caminho do sucesso é a prática do marketing pessoal, são:
- A qualidade do posicionamento emocional para com os outros
- A comunicação interpessoal
- A montagem de uma rede relacionamentos
- O correto posicionamento da imagem
- A prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais

Posicionamento emocional pode ser definido como sendo a forma com que as pessoas se lembrarão de um individuo. Algumas pessoas se recordam de outras pela maneira cortês, positiva e educada como foram tratadas, pela sinceridade e zelo com que tiveram o contato, enfim, pelas emoções positivas que remetem à imagem de outrem. Ao contrário, há pessoas que deixam uma imagem profundamente negativa, mesmo que o contato interpessoal tenha sido curto.
Assim, a prática do marketing pessoal deverá ser responsável por um grande cuidado na maneira como se dão os contatos interpessoais. São fundamentais para isso atitudes que remetam à atenção, simpatia, assertividade, ponderação, sinceridade e demonstração de interesse pelo próximo, de uma forma autentica e transparente. Reza uma máxima do marketing pessoal: atenção personalizada a quem quer que seja nunca é investimento sem retorno.

A comunicação interpessoal pode ser definida como sendo o grande elo que destaca um individuo em meio à massa. Quando ele fala, quando se expressa por escrito ou oralmente, quando cria vínculos de comunicação continuada, o individuo externa o que tem de melhor em seu interior. Assim, usar um português correto e adequado a cada contexto, escrever bem, vencer a timidez, usar diálogos motivadores e edificantes e manter um fluxo de comunicação regular com as pessoas é básico para um bom desenvolvimento do marketing pessoal. Temos sempre a tendência de ver as pessoas que se comunicam bem como líderes no campo em que atuam.

Rede de relacionamentos pode ser definida como uma teia de contatos, nos mais variados níveis, fundamentais para o individuo se situar socialmente, tanto de forma vertical (com relações em plano mais elevado que o seu) quanto horizontalmente (com seus pares, em plano semelhante).
Quando se fala em rede de contatos, dois desafios surgem imediatamente: dimensionar os relacionamentos de forma plural, isto é, ser capaz de se relacionar em qualquer nível, tornando-se lembrado por todos de forma positiva; e manter a rede de contatos, enviando mensagens periodicamente, fazendo-se presente em eventos sociais e tratando aos outros com atenção e cordialidade.

Posicionamento de imagem pode ser definido como uma adequação visual ao contexto social. É fato que a sociedade hipervaloriza a imagem e, exageros à parte, o princípio do cuidado visual precisa ser analisado realisticamente. Assim, o traje correto e adequado ao momento, a combinação estética de peças, cores e estilo, bem como os cuidados físicos fundamentais (o corte do cabelo, a higiene, a saúde dentária, etc) são importantes para uma composição harmônica e atrativa da imagem.

Finalmente, a prática de ações de apoio, ajuda e incentivo para com os demais é o grande elemento do marketing pessoal e, como destaque social, a melhor forma de galgar um lugar nas mentes e corações dos que nos cercam.
Não é preciso dizer que apoiar, ajudar e incentivar as pessoas deve ser um conjunto de atitudes sinceras, transparentes e baseadas no que se tem de melhor. Até porque ações meramente aparentes são facilmente detectadas e minam a essência do marketing pessoal verdadeiro. O segredo, portanto, é sempre se perguntar: de que maneira posso ajudar? De que forma posso apoiar? Como posso incentivar o crescimento, o progresso e o bem-estar do próximo?
Quando bem praticado, o marketing pessoal é uma ferramenta extremamente eficaz para o alcance do sucesso social e profissional.
E o melhor é que, além de beneficiar que o pratica, ele também proporciona bem estar para os que estão ao redor.
Que tal mudar alguns velhos paradigmas e repensar o nosso próprio marketing pessoal?

Autora: Kandy Saraiva

Próximo está o dia em que a assembléia perderá o acento, dia este em que não poderemos mais ter idéias, assim, de um modo aberto. Pelo menos não na escrita. Nela, ideia e aldeia, plateia e teia ficarão assim, sem distinção do ditongo aberto ou fechado. Tudo porque uma das regras do Acordo Ortográfico define que os ditongos abertos “ei” e “oi”, apenas de palavras paroxítonas, perderão o acento. Cuidado para não colocar a carroça na frente dos bois. Já li em um importante jornal de grande circulação a generalização da regra, fruto da má interpretação do que já começou confuso, talvez um presságio da epopéia (ops, epopeia) que será colocar todos os pingos nos is no que se refere à correta aplicação das novas regras. A matéria trazia um quadrinho desses didáticos, utilizados como recurso visual para “simplificar” o blablablá técnico exposto na notícia. Dizia assim: “cai o acento das palavras terminadas em éi e ói”. Nada mais errado. “Quartéis” e “heróis” continuam com seus acentos, não devido à importância semântica que têm em uma nação de respeito, mas por serem palavras oxítonas. Um ato heróico, por exemplo, já cai na regra, passando a ser simplesmente heroico, o que confirma o equívoco da notícia.Mudará também o emprego do hífen, que, em vez de ter sido simplificado, considerando palavras que normalmente geram dúvidas quanto à grafia, foi um pouco complicado. Em meio a autorretratos, radiorrelógios e semirretas, restou um grande contrassenso, assim mesmo, tudo junto e com dois esses. Uma das novas regras, por exemplo, diz que deve ser grafado tudo junto o vocábulo que perdeu a noção de composição, ou seja, que tem uma unidade semântica: por exemplo, a palavra “paraquedas”, entendida como o objeto dobrável que reduz a velocidade da queda, não mais o verbo “pára” (que, a propósito, perde o acento diferencial) e o substantivo “quedas”. Entretanto, o guarda-chuva continua com hífen. Coisa dos mandachuvas.Do mesmo modo, a partir da vigência do Acordo, você será re-embolsado, re-empregado, re-encaminhado, re-educado, porque, nas composições em que os prefixos terminam em vogal e o segundo elemento inicia-se por “h” ou por letra igual à última do prefixo, usa-se hífen. Mas há exceções: você vai continuar cooperando, porque cooperação requer união, convenhamos, não ficaria bem com um hífen.Embora os vocábulos “pára”, “pêra” e “pólo” percam o acento diferencial, ele continua válido em “pôr” (do verbo “poder”) em contraposição a “por” (preposição). O trema deixa de existir, exceto em palavras derivadas de nomes próprios que o contenham (mülleriano, hübneriano etc.) — eu me pergunto como ficará a identidade do Pato Qüem, personagem de um livro infantil. A onomatopeia vai virar um belo de um pronome.O objetivo do Acordo é unificar a língua portuguesa em foros internacionais, fortalecendo politicamente os países que a têm como idioma oficial. Para entrar em vigor, o Acordo Ortográfico precisava ser ratificado por no mínimo três países da CPLP — Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o que já foi feito por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal. Por aqui, entretanto, só passa a valer após decreto presidencial, ainda em fase de elaboração. Porém, embora o Acordo ainda não tenha sido oficializado nos termos das leis brasileiras, o Ministério da Educação já exigiu que os livros didáticos a serem utilizados nos cinco primeiros anos do ensino fundamental em 2010 fossem editados com a nova ortografia, o que causou um rebuliço no meio editorial. As obras que seriam submetidas a análise já estavam prontas e tiveram de ser relidas, e as concernentes à língua portuguesa precisaram ser reescritas, ou melhor, re-escritas. O edital para a compra dos livros foi publicado em janeiro, mas apenas em maio o MEC fez tal exigência. Como os protótipos deveriam ser entregues entre 26 de maio e 4 de julho, o prazo foi prorrogado por (apenas) 30 dias. Não cabem aqui todas as alterações, ínfimas na opinião de muitos. Nosso ministro da Educação, Fernando Haddad, garante que o país terá três ou quatro anos para se adaptar às novas regras. De início, Portugal impôs-se um período de seis anos para adaptar-se. Esta semana, Luís Amado, ministro português de Negócios Estrangeiros, afirmou que Portugal deve adiantar a entrada em vigor do Acordo para “acompanhar” o Brasil, que, segundo o ministro, “tornou-se o impulsionador da CPLP. Sem o Brasil ter esta decisão, estávamos parados".Coisas desse nosso Brasil varonil, um país de vanguarda.

Meu aniversário...

Hoje é um dia especial por ser meu aniversário, mas triste por não ter fisicamente a minha mãe do meu lado. Hoje faz 08 dias sem ela, pois está na presença de Deus. Peço sempre muita saúde, força, paz para superar essa dor inexplicável...Como tudo na vida tem um propósito, devemos lidar com equilíbrio as dificuldades e as perdas com muita fé e força constante...
Deus nos proteja sempre...

Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica
Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.
As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.
O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.
A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.
Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.
Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente passam por fases semelhantes. Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.
A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores; outros caminham para a superação. Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos.
A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.
Seguem-se algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil :

1-Fale sobre sua perda e sua dor
Nos primeiros meses muitos têm esta necessidade, deixe que os outros saibam que este assunto não deve ser evitado e que lhe faz bem falar sobre isto, abrir-se com alguém de confiança, ajuda no entendimento e na aceitação. Quando os amigos entendem o processo, percebem que ouvindo e compartilhando o sofrimento, estão ajudando; e você vai se sentir melhor desabafando. Entretanto, em algumas situações, ou com algumas pessoas, quando não quiser falar sobre o assunto, também diga isto claramente.

2-Enfrente o sentimento de culpa
Quando se perde alguém importante é difícil sentir que se fez o bastante. Discutir este sentimento com alguém compreensivo e de confiança vai ajudar a distinguir a culpa real e irreal e, aos poucos, esta começa a diminuir. Não pode se sentir responsável por não prever os acontecimentos, ou culpa como se tivesse tido a intenção de prejudicar alguém. Além do mais, temos que aceitar a realidade de que ninguém é perfeito, fazemos o possível de acordo com nossa capacidade.

3-Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta
Estes sentimentos existem em face de uma grande perda; é importante percebê-los e expressar os sentimentos de raiva e amargura. Não adianta negá-los ou envergonhar-se deles, são normais e irão desaparecendo com o tempo e a aceitação do fato.

4-Idealização
Há uma fase em que a pessoa pensa em suas falhas como pai, mãe, filho, cônjuge, irmão, namorado ou amigo... e vê a pessoa que se foi como um ser perfeito. Com o tempo, começará a vê-la como um ser humano real, com suas qualidades e defeitos, assim como todos nós.

5-Não se isole
Mesmo que não se sinta à vontade para compartilhar seu sofrimento e prefira ficar sozinho, precisa buscar a companhia de outras pessoas. Amigos e familiares que o estimem podem ajudar muito. Não se esqueça que não está só; muitos o estimam, querem lhe dar amor e conforto, assim como precisam do seu amor e atenção. Isto consola , renova suas forças e ajuda na construção de novos objetivos e, com o tempo, a recuperar a alegria de viver. Estas pessoas podem fazer muito por você e você por elas.

6-Mudança de valores
Diante da morte ou de uma grande perda, a pessoa tende a repensar seus valores, a reavaliar seus objetivos de vida; deixar de lado coisas que anteriormente valorizava e que agora percebe que são insignificantes e/ou fúteis, e a valorizar aspectos que percebe serem realmente mais importantes. Muitas vezes implementa mudanças positivas na sua maneira de ser e de viver, tornando-se menos preocupada com o ter e mais com o SER, evoluindo moral, emocional e Espiritualmente.

7-“Nunca mais serei o mesmo”...
É freqüente haver um grande sofrimento neste pensamento que pode ser real, mas isto não significa que nunca mais possa ser feliz. Embora esta idéia possa parecer inaceitável no período do sofrimento, as transformações podem nos enriquecer. Geralmente é isto que acontece, quando a pessoa aceita trabalhar e superar a fase de mágoa e revolta, decidindo que pode e deve viver o melhor possível.

8-Evite decisões importantes ou grandes mudanças
O primeiro ano após a perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças, a menos que as circunstâncias o exijam. Uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída. Se algumas mudanças forem necessárias e inadiáveis, peça a ajuda de alguém competente e não envolvido emocionalmente com os problemas.

9-Reserve períodos e local para lembranças
Não fique o tempo todo pensando e vendo objetos da pessoa que se foi. Coloque alguns pertences dela numa caixa ou armário, não os deixe espalhados.Tente reservar algum período específico do dia (no início), da semana ou do mês, para pensar na pessoa e no seu luto, quando também poderá rever os objetos. Evite fazer isto o resto do tempo, pois nada de bom e útil se consegue com a tristeza contínua. Para algumas pessoas isto não é fácil de conseguir, mas é necessário à sobrevivência e recuperação.

10-Prevendo dias e datas difíceis
É útil saber que vai sentir-se mais triste, solitário e infeliz em certos dias e datas do que em outros, isto mesmo após já ter-se passado algum tempo e com a vida mais estabilizada. Estes dias especiais geralmente envolvem datas de aniversário, Natal, passagem de ano, Páscoa e outros, onde a falta da pessoa se faz mais presente. Planeje passá-los com amigos ou familiares, pois é provável que fique mais triste, choroso e deprimido que em outras ocasiões. Não se isole, é bom que esteja em companhia de pessoas que o estimem.

11-A crença de que a vida transcende nossa estada na terra e num Ser Superior
Desde a antiguidade, a maioria dos povos de todas as regiões do globo,com culturas e religiões diferentes, acredita na imortalidade da alma ou espírito e na existência de um Deus ou “Algo Superior”. Isto é quase que uma intuição que nascemos com ela. Um Ser com Amor Incondicional e Sabedoria, perfeito e justo, não castiga as pessoas, mas sempre quer o seu bem, sua evolução, mesmo que muitos de nós ainda não tenhamos a capacidade para entender o porquê de muitos acontecimentos. Hoje, mais do que nunca, temos tido provas da imortalidade do espírito e de que tudo na vida tem um propósito positivo, que nada acontece por acaso. Mesmo que não seja religioso, esta crença traz consolo. Pensar que a pessoa não acabou, mas apenas deixou seu corpo e transferiu-se para um tipo de vida diferente, em outro plano, faz com que as pessoas sintam-se melhor diante da perda; e significará que a separação é temporária, não definitiva.
É importante saber que pudemos desfrutar da companhia de algumas pessoas especiais, mesmo que por breve tempo, que nos deixam muita saudade...Só se tem saudade daquilo que foi muito bom..

12-Culpa por sentir-se bem
É comum as pessoas não se permitirem alegria após uma grande perda, não aceitando convites de amigos, ou evitando atividades agradáveis. Não lute para continuar sendo ou parecendo infeliz. Perceba que sentir-se contente, ter novos objetivos, não é deslealdade nem significa que não ama ou está esquecendo o ente querido. Conseguir prazer em algo significa que está trazendo um pouco de alívio ao seu sofrimento; retomando ou recomeçando a construir sua vida. Além disso, se a pessoa que se foi o estima, com certeza gostaria de vê-lo bem e não sofrendo, preferiria vê-lo contente e isto lhe daria mais tranquilidade. Procure investir em seu bem estar, engajando-se em atividades produtivas e que lhe são agradáveis, e poderá tornar sua vida melhor ainda do que antes, se aprendeu algo com o acontecido, se cresceu com o sofrimento e compreensão do que é realmente mais importante na vida.

13-Reajuste-se à vida e ao trabalho
Tirar alguns dias ou semanas para reequilibrar-se e, depois, uma folga ocasional, quando necessário, é perfeitamente normal. Mas as atividades devem ser retomadas assim que for possível, pois são importantes no processo de recuperação. Seja paciente consigo mesmo, porque nos primeiros meses sua capacidade física e mental podem não ser as mesmas. Deve diminuir sua carga horária ou o número de atividades, se sentir que é excessiva; mas a inatividade prolongada faz as pessoas repetirem ou prolongarem a fase depressiva sem nenhum benefício. Com o tempo poderá também perceber que é importante utilizar um pouco da sua energia em uma atividade que possa ajudar outras pessoas e/ou instituições, saindo um pouco de seu pequeno mundo e percebendo a importância e bem estar que traz ajudar ao próximo, de conseguir tornar outros um pouco mais felizes e menos carentes física e psicologicamente.

14-Liberte-se de expectativas irreais
Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo escolhas dolorosas, sofrimentos e perdas é irreal e só traz revolta, o que só prejudica. Tornando nossas expectativas quanto a nós mesmos, aos outros e à vida mais realistas, fica mais difícil nos frustrarmos e mais fácil nos adaptarmos. Ninguém passa por situações que não mereça, por puro acaso; nem enfrenta uma carga maior do que a que tenha capacidade para carregar. Saber que não vivemos num mundo desorganizado e que existem leis universais, “nada acontece por acaso”; tudo tem uma razão de ser justa e produtiva, nos leva a encarar os acontecimentos (com relação a nós e aos outros envolvidos), mesmo os mais difíceis, como oportunidades de aprendizagem e crescimento.

15-Integrando a perda
As pessoas não “têm” que ser “vítimas”, qualquer que seja a perda, por pior que tenha sido. Situações de muito sofrimento podem ser transformadas em aprendizado. É preciso deixar de lado as perguntas centradas no passado (que é imutável) e no sofrimento (“Por que isso aconteceu comigo”?) e começar a fazer perguntas que abrem as portas para o futuro:- “Agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e sentir-me melhor?” Geralmente quando chegamos à fase da aceitação, atingimos a compreensão e crescemos com a experiência, a dor se vai. Fica a saudade de uma pessoa com a qual convivemos e que nos proporcionou bons momentos e ensinamentos, tanto com suas qualidades, como com seus defeitos; com a qual compartilhamos uma parte de nossa vida. Só se tem saudade de algo que foi bom ou nos trouxe algo de positivo. Deve ser mais triste não ter de quem sentir saudade, seja de uma pessoa deste ou de outro plano.

16-Pesar excessivamente longo
Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que precisa ser entendido. Muitas vezes isto ocorre quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que se foi, quando a culpa por algum motivo é um componente muito forte na situação, problemas emocionais pessoais ativados ou reforçados pela perda ou outras razões significativas. Amigos, conselheiros ou um psicólogo podem ser necessários neste caso.

17-Procure ajuda profissional, se necessário.
A maioria dos que procuram ajuda de psicoterapeuta não são doentes mentais, são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por uma crise e muitas delas sofrendo uma perda. Um profissional da área é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos; que pode compreendê-lo e ajudá-lo. As sessões de terapia podem ajudá-lo também a tomar decisões práticas que o farão sentir-se melhor. Você pode precisar de apenas algumas sessões, muitos meses para superar a fase mais difícil, ou mais tempo; tudo vai depender do significado individual da perda, da maneira como reage às crises e à terapia.

No início do pesar, uma das formas mais comuns de manifestar o sofrimento é resistir a crescer com ele. A vida pode ser prejudicada ou fortalecida por uma perda. Ninguém permanece o mesmo. Cada situação é única e só a própria pessoa pode buscar e encontrar respostas relativas ao “outro eu” e à outra vida que vão emergir.
Cada pessoa decide se vai ou não crescer com essa experiência dolorosa , e quando.

Fonte :Ballone GJ - Câncer e Emoção - in. PsiqWeb, Internet, disponíve em www.psiqweb.med.br, revisto em 2007.

É difícil alguém estar realmente preparado para o diagnóstico de câncer. Quando isso acontece a primeira atitude é de negação. Normalmente as pessoas custam muito a acreditar que aquele diagnóstico, culturalmente muito temido, esteja acontecendo exatamente com elas. Muito freqüentemente as pessoas duvidam que estejam lhes dizendo a verdade. É um momento de grande angústia, sensação de vazio e abandono, onde a introspecção proporciona uma revisão nos valores e na vida em geral, onde afloram lembranças de pessoas queridas ou conhecidas que, muito possivelmente serão deixadas para trás.
Posteriormente surge o medo, medo de morrer, de deixar pessoas queridas, de abandonar projetos futuros. Há uma forte angústia diante da possibilidade da dependência dos outros, do sofrimento futuro, quer pela doença, quer pelas conseqüências do tratamento. Mas todos esses sentimentos devem ser reavaliado ou orientado por profissionais para minimizar os efeitos do preconceitos sobre as emoções.
Em geral as pessoas acreditam que câncer é sinônimo de sofrimento e morte. É assim que o câncer e seus tratamentos constituem uma fonte de estresse, capaz de desencadear desordens de ajustamento nestes indivíduos problemas somáticos, psíquicos e sociais. Há trabalhos sobre o desenvolvimento de sintomas somáticos associados às preocupações emocionais e sociais relacionados à idéia do câncer, mais do que devidos ao câncer propriamente dito.
No entando, estudos sobre os aspectos clínicos e terapêuticas referentes a 895 casos de câncer de língua tratados no Hospital do Câncer A.C. Camargo, mostram que as chances de cura para os pacientes atendidos na década de 80 foram 40% maiores do que as dos pacientes tratados nas décadas de 50 e 60. Isto significa que atualmente os pacientes podem esperar possibilidades de cura muito maiores do que no passado, principalmente em função dos significativos progressos científicos e tecnológicos que ocorreram nas áreas de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.(Veja).
A clínica comprova freqüentemente que as manifestações iniciais do câncer permanecem latentes, estacionárias por longo tempo, antes de manifestar-se morbidamente, dando oportunidade à intervenção terapêutica. As atuais possibilidades da medicina permitem afirmar que o câncer é curável, quando tratado no início. Por conta desse prognóstico progressivamente mais otimista os médicos devem se preocupar sempre em identificar e estimular condições que facilitem a adaptação de seus pacientes. Assim sendo, o tratamento psicológico, em pelo menos alguma extensão, será sempre benéfico.
É muito importante deixar claro o significado dos seguintes termos: Pesar e Pena. Estes sentimentos estarão presentes, de forma variada, nos familiares de pacientes com câncer e são termos que se usam, freqüentemente, com diferentes intenções (Rando, 1984).
PesarPesar é o sentimento que surge como reação ao fato de ter sofrido uma perda. O Pesar identifica a situação específica das pessoas que tenham experimentado uma determinada perda (Corr, 1997), portanto, o Pesar é uma reação emocional específica a este determinado "objeto".
Devido à perda, se desenvolve uma grande quantidade de emoções, experiências e mudanças na vida psíquica da pessoa. A duração desse estado depende da intensidade da relação com a pessoa que morreu ("objeto" perdido). É bom sublinhar que o Pesar tem também um aspecto antecipatório, ou seja, supõe o aparecimento de emoções e sentimentos antecipadamente à perda (vai morrer).
PenaA Pena é o processo normal de reação emocional à percepção (forte indício) de uma perda. As reações de Pena podem ser vistas nas respostas à perdas básicas ou tangíveis, como por exemplo a morte, ou a perdas abstratas e psicossociais, como por exemplo o divórcio, o emprego, etc.
Cada tipo de perda implica experimentar algum tipo de falta ou privação. Durante o processo que atravessa uma família que vivencia o câncer, se experimentam várias perdas e cada uma gera sua própria reação. As reações de Pena podem ser psicológicas, físicas, sociais e conflitos emocionais.
As reações psicológicas podem incluir a raiva, mágoa, culpa, ansiedade e tristeza. As reações físicas incluem dificuldade para dormir, mudanças no apetite, queixas ou doenças somáticas, enfim, sinais e sintomas relacionados ao Transtorno de Adaptação e Ajustamento. As reações sociais incluem os sentimentos experimentados ao ter que cuidar de outros membros da família, o desejo de ver ou não a determinados amigos ou familiares (isolamento), ou o desejo de regressar rapidamente ao trabalho. Este processo depende do tipo de relação que se teve com a pessoa que morreu. Lindenmam (1994) faz notar cinco características para essas reações:
1. - aflição somática,2. - preocupação com a imagem da pessoa morta,3. - culpa,4. - reações hostis, e5. - perda da conduta normal.
O conflito emocional, seja ele consciente o inconsciente, pode ser relacionado também à resposta cultural à perda. O processo de incorporar a perda na vida afetiva contrapõe aquilo que queremos, com aquilo que devemos e aquilo que conseguimos. O conflito é, por exemplo, a contraposição entre o fato de sabermos que a morte deve ser inevitável, até como decorrência normal de quem vive, mas mesmo assim não queremos, e nem conseguimos aplicar à realidade essa conotação racional. Muitos outros conflitos, mais complexos que esse do exemplo, podem estar presentes diante da perda de um ente querido.
No chamado Processo da Pena se incluem três tarefas necessárias para que a pessoa volte a reintegrar-se à sua vida normal. Estas atividades incluem:
1. - liberar-se dos laços com a pessoa falecida,2. - reajustar-se ao ambiente onde a pessoa falecida já não está e3. - formar novas relações.
Liberar-se dos laços com a pessoa falecida, implica que se deve modificar a "energia emocional" (o tônus afetivo) invertida na pessoa perdida. Isto não quer dizer, de forma alguma, que tenhamos deixado de amar a pessoa desaparecida, mas sim, que é possível agora dirigir os sentimentos e afetos a outros, em busca de uma satisfação emocional.
A morte desperta com freqüência evocações de perdas ou separações do passado. Bowlby (1961) descrevia três fases do processo de luto:
1. - a urgência de recuperar à pessoa perdida,2. - a desorganização e desespero e, finalmente,3. - a reorganização da vida.
Durante o processo de reajuste ambiental (reorganização da vida) tem-se que modificar as regras, os valores, a própria identidade e as habilidades para ajustar-se a um mundo onde o falecido já não está. Ao modificar a energia emocional, a energia que uma vez se concentrava na pessoa falecida, agora se concentra em outras pessoas ou outras atividades. Esse esforço adaptativo costuma requerer muita energia física e emocional e, não é raro, vermos pessoas atravessando essa fase experimentando uma fadiga avassaladora. Nessa fase, em se tratando de um estado depressivo, ou mesmo um Transtorno de Ajustamento, pode estar indicado um tratamento psiquiátrico medicamentoso e/ou psicoterápico.
A experiência de Perda e Pesar não é somente pela pessoa que faleceu, mas também por todos os planos, idéias e fantasias que não se levaram a cabo com a pessoa desaparecida. De qualquer forma, os processos de Perda e Pesar fazem parte normal do universo existencial humano, são normais na medida em que sugerem que os seres humanos necessitam apegar-se a outros para melhorar sua sobrevivência e reduzir o risco de dano.
As crianças e o pesar pela morte de um ente querido. A reação de uma criança pela morte de um ente querido pode ser muito diferente da reação das pessoas adultas. As crianças de idade pré-escolar acreditam que a morte é temporária e reversível; esta crença está reforçada pelos personagens em desenhos animados que "morrem e revivem" várias vezes.
As crianças entre cinco e nove anos começam a pensar mais como adultos acerca da morte mas, todavia, não podem imaginar que eles ou alguém que eles conheçam possa morrer. Acrescenta-se, ao choque e à confusão que sofre a criança que tenha perdido seu irmão, irmã, pai ou mãe, a falta de atenção adequada de outros familiares que choram essa mesma morte e que não podem assumir adequadamente a responsabilidade de cuidar da criança.
Os pais devem estar conscientes de quais são as reações normais das crianças ante a morte de um familiar, assim como dos sinais de perigo emocional. De acordo com os psiquiatras de crianças e adolescentes, é normal que durante as semanas seguintes à morte, algumas crianças sintam uma tristeza profunda ou que acreditem que o ente querido continua vivo. Entretanto, a negação da morte por longo período, que serve para evitar as demonstrações de tristeza, não é saudável e pode resultar em problemas mais severos no futuro.
Não se deve obrigar a uma criança assustada a ir ao velório ou ao enterro, entretanto, se recomenda que se a faça participar de alguma cerimônia como, por exemplo, ascender uma vela, rezar uma prece ou visitar a sepultura.
Uma vez que a criança aceita a morte, é normal que manifeste sua tristeza, de vez em quando, ou mesmo por um período de tempo mais longo um pouco e, às vezes, em momentos inesperados. Seus parentes devem procurar passar todo o tempo possível com a criança e fazê-la saber claramente que tem permissão para manifestar seus sentimentos livremente e abertamente.
Se a pessoa morta era essencial para a estabilidade do mundo da criança, a raiva, ira ou revolta são reações naturalmente esperadas. Esta ira pode se manifestar em jogos violentos, pesadelos, irritabilidade ou numa variedade de outros comportamentos inadequados. Não é raro que essa criança se mostre com intolerância para com outros membros da família.
Depois da morte de um dos pais, muitas crianças agem como se tivessem idade menor (regressão). A criança temporalmente age de maneira mais infantil, exige comida na boca, quer atenção, carinho e fala "como um bebê".
As crianças menores acreditam que eles sejam a causa do que sucede em seu redor. O pequeno pode crer que seu pai, irmão, mão, etc., tenha morrido porque uma vez ele pode ter desejado que isso acontecesse. A criança se sente culpada porque acredita que seu desejo se realizou.
Alguns sinais de perigo emocional:
· um período prolongado de depressão durante o qual a criança perde interesse por suas atividades e eventos habituais· insônia, perda do apetite e medo de ficar sozinho· Regressão a uma idade mais precoce por um período longo de tempo· Imitação excessiva da pessoa morta· Dizer freqüentemente que quer ir-se com a pessoa morta· Isolamento dos amiguinhos· Deterioração pronunciada do rendimento nos estudos ou negar-se ir à escola.
Estes sintomas de aviso podem indicar que se necessita ajuda profissional. Um psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar a criança a aceitar a morte, bem como assistir a sua família para que ajudem melhor a criança durante o processo de pesar e luto.
Lidando com as Fases (finais) da Doença Grave Entender como outras pessoas enfrentam as doenças graves poderia ajudar ao paciente de câncer e sua família a preparar-se para lidar com suas próprias doenças. Pode-se dizer que a doença grave consta de quatro fases:
1. - a fase antes do diagnóstico,2. - a fase aguda,3. - a fase crônica, e4. - a fase de recuperação ou morte.
A primeira fase, anterior ao diagnóstico, é quando o paciente se da conta ou suspeita de que corre o risco de desenvolver uma doença. Esta fase se estende por todo período em que a pessoa é submetida à exames, e termina no momento em que recebe o diagnóstico.
A fase aguda sucede durante o diagnóstico, quando a pessoa se vê forçada a entender o diagnóstico e tem que tomar uma serie de decisões acerca de seu cuidado médico.A fase crônica se define como o período entre o diagnóstico e os resultados do tratamento, quando os pacientes tentam lidar com as demandas da vida cotidiana ao mesmo tempo em que recebem tratamento e tentam aceitar seus efeitos secundários.
Há algum tempo, o período entre o diagnóstico de câncer e a morte era de uns meses, geralmente passados no hospital. Entretanto, atualmente as pessoas podem viver muitos anos depois de receber um diagnóstico de câncer e de se submeterem a tratamento especializado.
Em seguida vem a fase de recuperação, durante a qual, as pessoas têm que enfrentar os efeitos psicológicos, sociais, físicos, religiosos e monetários do câncer.
A fase final ou terminal de uma doença grave ocorre quando a morte se converte em algo iminente. Neste momento se alteram os objetivos e, ao invés de se tentar a cura ou prolongar a vida do paciente, os esforços se concentram em ajudar a pessoa a se sentir mais confortável e mais aliviada de sofrimentos. As tarefas durante esta fase final, com freqüência, se enfocam no aspecto religioso.