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Kelma Brito

Novas mídias ampliam opções na área de editoração

Fonte: Fernanda Calgaro Do G1, em São Paulo
Edição de livros ainda responde por grande parte do mercado. Profissional pode atuar ainda em revistas.
A produção de um livro envolve desde um projeto gráfico bem planejado até a escolha do papel certo. Os detalhes todos passam pelo crivo do profissional de editoração. Ele precisa entender não só de texto mas também de imagem. E as opções de atuação não se limitam aos livros: vão de revistas e sites a audiolivros. O conhecimento e as ferramentas para trabalhar na área são ensinados no curso de editoração ou produção editorial, tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (18).
"O livro ganha vida pelas mãos do profissional de editoração", afirma Plínio Martins Filho, coordenador do bacharelado em editoração da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-presidente da Edusp (editora da USP).

De um calhamaço de textos a um projeto gráfico planejado, o livro percorre um longo caminho até chegar às prateleiras. Segundo Martins Filho, o trabalho do editor ou produtor editorial inclui revisão de texto, composição e paginação do livro e confecção da capa, entre outras atividades.

"É importante ter também noções de marketing, para fazer a divulgação do livro, e conhecimentos jurídicos, para lidar com a questão de direitos autorais", diz o professor da USP.
Novas mídias
A produção de livros responde por grande parte da área. No entanto, o mercado abre espaço para novas tecnologias, que permitem uma grande diversificação do trabalho do produtor editorial.

"As possibilidades são muitas", afirma Maria José Rosolino, coordenadora do bacharelado em produção editorial da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

"Além do mercado tradicional, de livros e revistas, há novas mídias, como o audiolivro, o livro-clipe, CD-Roms, CDs de música, documentários, sites, portais de conteúdo e animações em 3D [três dimensões]."
Perfil
O gosto por texto e o domínio da escrita não bastam. É preciso também ter conhecimento de imagem e programação visual. "O aluno trabalha com os principais softwares no curso, mas ele não sai um técnico em programação. Se ele quiser se aprofundar, é preciso buscar fora", explica Maria José.
No curso da USP, que acaba tendo um enfoque maior para os livros, é a mesma coisa. "É importante que o estudante tenha noções dos programas usados em editoração, até para ele conhecer os recursos e saber o que é possível ser feito, mas ele não verá nada em profundidade no curso", explica Martins Filho, da USP.

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